
Marília e São Paulo - Marília perdeu às 18h de uma quarta-feira fria a professora Rosalina Tanuri, 94 anos, guardiã da história de Marília.
Filha de libaneses, nascida em Rincão, Rosalina chegou ainda bebê em Marília, onde o pai, Afonso, já tinha loja. Cresceu, cursou Economia e tornou-se professora de Geografia e Estatística.
ou pelo Senac e Sagrado Coração, bem como das escolas públicas Monsenhor Bicudo e Amilcare Mattei. Além disso, atuou em Vera Cruz na Dirce Beluzzo.
Casada com Homero Zaninoto, Rosalina Tanuri teve casal de filhos – Rosalinda e Luiz Homero – e, em 1987 ou a integrar a Comissão de Registros Históricos na Câmara.
Referências
Atuou com o professor e cartorário e pioneiro Paulo Correa de Lara, que nos 90 era referência em resgate da história. Com a morte de Paulo, em 2001, Rosalina tornou-se o principal nome na atividade.
A partir de 1999 ou a publicar a coluna Raízes, do jornal Diário, sobre história da vida pública e privada. Assim, eternizou informações sobre lojas, obras, pioneiros e momentos históricos.
Transformou os artigos e outras histórias em livros, como “Marília, no tempo e na Saudade”, em 2001 e “Marília, chão de nosso amor”, em 2003,
EM 1996 Rosalina Tanuri recebeu o título de Cidadã Mariliense, depois Medalha de Mérito. Além disso, em 1989 tornou-se secretária da Cultura na cidade.
Foi, da mesma forma, ativa em instituições da classe, como Centro Professorado Paulista e da Associação dos Professores do Estado de São Paulo.
Legado
“Deixa um grande legado de muito trabalho feito com dedicação e amor a Marília. Ela permanecera para sempre em nossos corações. A cidade a reverenciara e terá sempre como referência”, diz a bibliotecária Wilza Mattos, integrante da comissão
Em 2015, já com problemas de saúde, lançou o livro “Feitos e Festas de Marília”, uma coletânea de 300 artigos. “Chegaria perto de 500, o que seria inviável para a edição.”
A despedida acontece na sala 7 do Velório Municipal e o sepultamento ocorrerá às 15h30, no Cemitério da Saudade.