Luís Henrique Bezerra da Silva, 29 anos, sem profissão declarada, foi preso em Guaimbê (40km de Marília) acusado de matar e enterrar o Adriano Silva Barreto, 38 anos, marido de uma mulher com quem tinha um relacionamento amoroso. O crime atraiu muitos moradores, provocou comoção e ameaças de linchamento.
Segundo o relato do caso, Luís Henrique atropelou Adriano, bateu em sua cabeça com um pedaço de pau e levou o corpo para ser enterrado no quintal da casa em que o acusado vive.
A descoberta começou com uma denúncia sobre atropelamento e ocultação do corpo. Foram ao local e ainda do lado de fora da casa já perceberam que o terreno no fundo do quintal estava com terra “revirada”.
Os policiais militares conversaram com vizinhos e descobriram informações sobre morador e até sobre o relacionamento com a mulher casada, A., 33 anos.
Foram até a casa dela e encontraram os dois. Em pouco tempo de conversa, o homem confessou o crime. Em seu depoimento à Polícia, afirmou que o relacionamento começou há dois anos e que Barreto era agressivo com a esposa.
Disse também que em um dos ataques, provocou a perda de um filho do qual ele seria o pai. Afirmou que na noite do crime, recebeu uma ligação da moça. Ela disse que o marido estava embriagado, agressivo e iria sair para caminhar.
Contou aos policiais que viu Alini ar correndo seguida pelo homem com ameaças. Pegou o carro, um Pálio e atropelou Adriano. Voltou. Bateu nele algumas vezes com um pedaço de pau e deixou o corpo na rua. Foi para casa, trocou de carro e voltou para buscar o corpo.
Incriminou a mulher e um adolescente, a quem teria pedido ajuda para ocultar o corpo: ligou para A., contou o ocorrido e pediu que ela fosse até sua casa. A mulher teria aconselhado a enterrar o corpo e foi embora.
Falou aos policiais que cavou o buraco sozinho e colocou corpo em uma lona, mas pediu ajuda a amigos para colocar o corpo no buraco.
A. disse que nunca pediu a Luís para matar ou enterrar o marido. Afirmou que naquela noite saiu para caminhar e viu quando o marido foi atropelado e agredido e que só depois Luís telefonou e confessou o crime.
O carro utilizado para o atropelamento foi apreendido e seguirá para perícia. A polícia relatou no boletim sobre o caso que havia perigo de fuga do acusado e ainda risco de linchamento por ameaças de moradores pela violência do caso. Pediu a prisão preventiva do acusado.